Longevidade: o que fazer para manter-se jovem por mais tempo?

Imagine se você ficasse hoje 10 anos mais novo. Não seria maravilhoso? Então repare numa nova forma de pensar: Longevidade trata-se de viver mais tempo sendo jovem e não mais tempo vivendo na velhice.

Esta é uma perspectiva animadora para quem está entrando nos 40 anos e tem pressa de conquistar a casa própria, construir família e realizar sonhos. Com 10 anos de vida sendo mais jovem, você consegue recuperar o que acreditava ser um atraso.
Segundo especialistas, é possível ser produtivo por muito mais tempo, se você cuidar diariamente tanto da saúde física quanto da saúde mental.

A expectativa de vida do brasileiro está em 75,5 anos, segundo dados do levantamento mais recente realizado pelo IBGE. Em alguns países, como Japão, este número já chegou a 107. Com isso, surgem cada vez mais recursos para que as pessoas se sintam jovens por mais tempo.

Um destes recursos é a estimulação cognitiva. Nosso cérebro é um órgão plástico, ou seja, pode se modificar de acordo com os estímulos recebidos. Os exercícios para o cérebro fortalecem as ligações entre os neurônios, mantendo boa reserva cognitiva e bom desempenho.

“Uma reserva cognitiva maior será muito útil sob o estresse ou sob o envelhecimento, pois, sob o estresse, circuitos que demandam maior gasto de energia dificilmente serão ativados e você estará confinado a poucas alternativas de resposta. No envelhecimento, as células neuronais tendem a morrer”, explica Eva Bettine, gerontóloga da USP (Universidade de São Paulo) e consultora do Método SUPERA, uma rede de escolas especializada em oferecer um curso de ginástica cerebral.

A prática é indicada para todas as idades, porém os idosos são o público mais fiel. Além de manter e desenvolver habilidades como memória, concentração, raciocínio e coordenação motora, a ginástica cerebral previne o aparecimento dos sintomas de doenças como o Alzheimer.

Maria Santana de Souza tem 71 anos e procurou o curso de ginástica cerebral em Londrina (PR) porque já tinha histórico de Alzheimer na família. Com treino e persistência, ela conta que os resultados são surpreendentes.

“Comecei a perceber muitas melhoras na minha memória em pequenas situações cotidianas, como lembrar onde guardei as coisas, horários de consultas médicas… Além disso, desenvolvi também minha concentração e autoestima porque em sala de aula eu conheço pessoas novas e faço amigos”, relata Maria.

O desenvolvimento das habilidades socioemocionais também contribui muito para a melhoria da qualidade de vida, fazendo com que as pessoas vivam melhor por mais tempo.

Alimentos para o corpo e para a mente
Mas além de alimentar o cérebro com novidade, variedade e desafio crescente – os três pilares da ginástica para o cérebro -, precisamos também alimentar o corpo com nutrientes que favorecem o bom funcionamento deste importante órgão do nosso corpo.

“Algumas substâncias que estão presentes nos alimentos, como Ômega3 e licopeno, favorecem a cognição. E são muito importantes para o aprendizado. Essas substâncias estão presentes nas frutas, verduras, legumes, peixe, ovos, azeite de oliva”, esclarece Silvia Calil, nutricionista especialista em alimentos para o cérebro do Método SUPERA.

Segundo Silvia, o licopeno é uma substância de cor avermelhada que está presente no tomate, na melancia, no morango e outros vegetais. Ele é um antioxidante que combate os radicais livres e retarda o envelhecimento.

Exercícios físicos também estimulam o cérebro
O exercício físico é conhecido por promover vários benefícios para o nosso corpo, sejam eles cardiorrespiratórios, aumento da densidade mineral óssea ou diminuição do risco de doenças crônico-degenerativas.

Mas recentemente, estudos científicos mostram ainda outro aspecto importante: as atividades físicas melhoram e protegem as funções cerebrais, sugerindo que as pessoas fisicamente ativas tenham menos risco de virem a desenvolver alguma doença neurodegenerativa, como o Alzheimer.

A mestranda em Processos Cognitivos pela Universidade de Validolid, Espanha e Diretora Pedagógica Nacional do SUPERA, Solange Jacob cita um destes estudos. “Uma pesquisa realizada em laboratório com roedores mostrou que o exercício aeróbico (que fornece oxigênio aos músculos) pode aumentar o número de novas células no hipocampo, área do cérebro importante para aprendizagem e memória”, conta.

Os efeitos do exercício físico sobre o desempenho se destacam, em particular, nas tarefas que envolvem componentes de controle executivo, isto é, tarefas que requerem planejamento, memória operacional, capacidade de multitarefa e atenção.

Agora que você sabe o que o teu cérebro pode fazer, vamos tomar conta desta nossa caixinha do pensamento? Que tal prepará-la para abrigar uma mente mais ágil e produtiva por toda a sua vida?

Inscreva-se

Nossos colunistas

456 POSTS

Colunas

Alerta sobre a importância de adotar uma dieta alimentar saudável

Recomendações da OMS destacam que a população deve consumir...

Vital Card lança seguro para viagens terrestres na América Latina

As viagens rodoviárias ganharam força durante a pandemia e...

Artigos populares

O consumo de chocolate está relacionado ao seu DNA

Muitos de nossos hábitos alimentares, preferências e sensibilidade aos...

Guia MICHELIN 2024 reconhece 7 restaurantes estrelados em Orlando

Orlando segue se destacando cada vez mais no cenário...

Começa a temporada de avistamento de baleias em São Sebastião

As baleias estão chegando mais cedo? Ainda não dá...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui